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sábado, 18 de setembro de 2021

Vamos falar de Amor, amor

 


A primeira temporada de "Amor, amor" aproxima-se do final e já sinto uma pontinha de nostalgia. Sim, eu sei, não tarda chega a segunda temporada mas não será o mesmo, o elenco original que nos prendeu vai inevitavelmente desmanchar-se, entram uns, saem outros e no final resta uma manta de retalhos sem a mesma paixão do primeiro acto. Mesmo assim a parceria da SIC com a SP Produções teve a capacidade de converter uma negacionista das novelas como eu,  numa fã assumida desde a estreia de "Nazaré", passando por "Terra Brava". Mérito em grande parte de elencos excepcionais e enredos cativantes e inovadores. No caso de "Amor, amor", destaca-se ainda a criação de uma banda sonora própria, cantada pelos atores, capaz de nos possuir até às entranhas e de fazer cantar miúdos e graúdos. No final os louvores vão maioritariamente para Ricardo Pereira graças a um desempenho magistral que o consagra definitivamente como um actor excepcional. O Romeu Santiago apenas ganhou vida própria porque Ricardo Pereira deixou-se literalmente possuir pela personagem, deixou que lhe entrasse nas veias para poder exprimir com toda a plenitude o seu talento. Não sou fã, nem sequer acompanhei o percurso deste actor mas penso que não há dúvidas que o Romeu Santiago foi um dos maiores desafios da sua carreira e ficará marcado de forma indelével no seu currículo. Felizmente não faltaram desempenhos memoráveis em "Amor, amor" mas gostava de destacar apenas mais 3. Em primeiro Renato Godinho, brilhante no papel de Xô Vítor. Ator confirmado e rei da metamorfose, foi capaz de deixar para trás o papel de homem ciumento, alcoólico e violento para transformar-se num bombeiro pirofóbico, gago, dominado pela sua Rebeca Sofia. De "Terra Brava" também transitou João Catarré para assumir-se, quanto a mim, como uma boa surpresa. Se não me convenceu especialmente no papel de protagonista na produção anterior, soltou-se bem mais no papel secundário do camionista Luís, homem com vida dupla, mentiroso compulsivo, desleixado e antiquado. Tal como Renato Godinho, conseguiu enveredar pela vertente cómica sem cair no óbvio. Fiquei fã. Para terminar, uma referência obrigatória a Joana Aguiar. Depois de "Nazaré", chegou a confirmação para a Joaninha que agora voa voa, bem alto e merecidamente. A Sandra Carina foi o desafio que a atriz precisava para não ser apenas uma eterna promessa. Para essa afirmação teve a sorte e o privilégio de estar rodeada de nomes incontornáveis da ficção nacional como Ricardo Pereira mas também Maria João Bastos e Luísa Cruz, duas grandes  senhoras na arte de representar.







terça-feira, 30 de março de 2021

Os famosos e as redes sociais

 

Longe vão os tempos em que as celebridades eram seres quase etéreos e inatingíveis, que enchiam o imaginário do público mas que raramente se materializavam aos olhos dos comuns mortais. As redes sociais, essas malvadas, vieram alterar por completo a relação entre os famosos e os seus fãs. O tradicional autógrafo foi relegado à insignificância em prol da tão almejada selfie e os admiradores transformaram-se em seguidores de uma celebridade feita guru, que passou a vender produtos e estilos de vida. Há uns tempos Viriato Quintela, actor que pode ser visto na novela da SIC " A Serra ", teceu considerações numa entrevista ao Sapo Lifestyle que me parecem dignas de reflexão: " Acho que as redes sociais têm aspetos negativos, mas não nos podemos levar demasiado a sério. Temos de ter uma comunicação que seja empática e para o mundo e não apenas 'olha para mim tão giro e estou aqui a vender uns produtos porque tenho imenso alcance'." Infelizmente a tendência não é essa. Uma grande parte dos ditos famosos divide-se entre as tais publicações ao seu bom aspecto e as tentativas de impingir "tachos e tupperwares" aos seus seguidores. Alguns lá no meio vão soltando uns pensamentos supostamente muito profundos, o que lhes dá um ar muito esotérico e espiritual. Depois surgem mensagens contraditórias como a da nossa querida Júlia Palha que hoje publica essas palavras muito profundas no Instagram: " Stop comparing yourself. Flowers are pretty but so are sunsets and they look nothing alike ". Em inglês os dizeres ganham outra seriedade. Ora bem Júlia, como queres que as pessoas parem de se compararem constantemente quando as redes sociais servem quase sempre para expor corpos e estilos de vida inatingíveis? Que algumas celebridades não hesitam em expor, transmitindo um desfasamento gritante  e por vezes revoltante da realidade actual. E depois surge o tal bullying online contra os famosos que mais não é do que a incapacidade de muitas pessoas de processar a frustração, o desânimo e a tristeza que se apoderaram do pobre povo com esta maldita pandemia. A resposta é simples e reside no que foi dito pelo sábio Viriato: celebridades que promovam a empatia e não se levem muito a sério. Eu acrescentaria autenticidade. Porque o público gosta de pessoas autênticas, que não esqueceram as suas origens. As redes sociais deveriam ser acima de tudo um meio para as celebridades partilharem essencialmente os seus projectos profissionais e a defesa de causas socialmente relevantes sem obstar no entanto à revelação pontual de alguns pormenores mais pessoais. E nunca esquecendo o feedback aos seguidores. Qual o motivo para certos famosos alimentarem redes sociais se não querem estabelecer uma ponte com o público que os alimenta? Os verdadeiros profissionais de qualquer arte não precisam de tiques de super estrela para serem respeitados e reconhecidos. Veja-se a grande Luísa Cruz. No seguimento da sua perfeita interpretação do genérico da novela "Amor, Amor", foi agradecer um a um cada comentário que recebeu no seu Instagram. A grandeza está nesses pequenos gestos de humildade. Poderia ainda acrescentar à Luísa Cruz, a super querida Melânia Gomes, o João Baptista, a Sofia Cerveira e o Renato Godinho mas aí já seria suspeita. 





O messias Fernando Rocha

  ( fonte: www.menshealth.pt) Tal como o Lázaro que regressa do além pelas mãos de Jesus Cristo, a Carpete Encarnada ressuscitou graças ao n...