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terça-feira, 27 de abril de 2021

Assobia para o lado

 



No início deste mês João Catarré despedia-se das filmagens de "Amor Amor" com um agradecimento louvável a "todos os elementos das equipas técnicas e de produção da SP Televisão, que vivem connosco e nos acarinham". Num momento tão delicado para a Cultura, em que tantos trabalhadores do meio artístico viram as suas vidas em suspenso por causa da pandemia, todos os discursos de união e solidariedade no seio do meio artístico são bem vindos. Porque a Cultura também passa por esses profissionais que trabalham na sombra, por trás dos holofotes, por trás dos palcos, sujeitos à incerteza constante inerente à sua profissão. Sem eles, os protagonistas da ficção televisiva não poderiam brilhar, sem eles as cortinas dos teatros não poderiam abrir-se, sem eles a música dos concertos não se faria ouvir. Infelizmente a Cultura é um sector lato e heterogéneo, o que dificulta qualquer tipo de união entre os seus elementos. A grande Noémia Costa teceu algumas considerações a esse respeito numa entrevista ao Fama ao Minuto, referindo-se mais precisamente aos actores:"Penso que a nossa falta de união de classe é tão grande que os políticos se aproveitaram disso para não nos reconhecerem sequer. Acho que deveríamos definir e não criar vários movimentos. Devíamos fazer a união total, conscientemente que aquilo que estou a dizer é uma utopia. A não ser que passem todos por uma crise tão grande como alguns estão a passar que entendam que a união faz toda a diferença. Quando nós nos unirmos, de uma vez por todas deixam de brincar connosco". A atriz revelou ainda que "existem vários movimentos de apoio aos colegas que estão a passar por situações difíceis que o desemprego traz, desde não ter como pagar as contas. São períodos angustiantes, já passei por eles e não foi no meio de uma pandemia. Não quer dizer que o facto de não ser agora comigo eu não me importe com eles". Ou seja, neste momento pede-se empatia e solidariedade entre pares para que a Cultura sobreviva incólume ao terramoto Covid-19. Infelizmente, a mensagem parece não chegar aos privilegiados das artes, àqueles semi-deuses adorados pelas multidões, que há muito esqueceram a condição precária típica das vidas ligadas à Cultura. Vão assobiando para o lado e ignoram ou fingem ignorar a situação aflitiva da sua classe. Enquanto milhares de trabalhadores começam finalmente a ver a luz no fundo do túnel com a reabertura de teatros e salas de espectáculos, uma minoria privilegiada insiste em ostentar sem pudor as férias luxuosas em paraísos longínquos. Enquanto muitas famílias ligadas às artes lutam para ter comida na mesa, algumas celebridades promovem com alarido e sem noção da realidade, dietas milagrosas e jejuns intermitentes. O problema não está nas férias nem nos hábitos alimentares, o problema está na exibição compulsiva promovida pelas redes sociais, exibição essa que despreza alegremente quem tanto sofreu com a pandemia. Falta respeito, falta compaixão, falta solidariedade a todos esses actores, maiores, menores e improvisados, que vendem a sua consciência e a sua integridade moral em troca de likes, visualizações e publicações remuneradas.




terça-feira, 23 de março de 2021

A criticar é que a gente se entende


 Mais um domingo se passou e mais uma vitória nas audiências para a SIC. A cozinha infernal do "elegante" e "educado" chef Stanisic não deu hipótese à rainha Cristina. Mas tudo vai mudar dia 29, com a estreia do novo programa " Cristina ComVida ", pelo menos é o que promete a Dona Tininha. Como não acreditar num programa tão inovador, feito numa casa, com um vizinho, algo nunca visto em Portugal. O " All Together Now " já é passado, à quinquagésima vez é que é, o Fernando Mendes que se cuide porque a TVI vai finalmente voltar à liderança, pela mão de Cristina a Grande. Tão grande que conseguiu fintar mais uma vez as restrições da pandemia para voar até ao Dubai e nos presentear com as imagens das suas luxuosas férias. As críticas da praxe não se fizeram esperar porque a Cristina pode não ser a rainha das audiências mas ninguém lhe tira o título de rainha das polémicas ou do falatório, como preferirem. Como qualquer membro de qualquer espécie de realeza, sua excelência tem as costas forradas e por isso não faltaram vozes indignadas para defender a soberana. Desta vez foi Eduardo Madeira que se insurgiu contra os comentários negativos e afirmou sem rodeios: "Está um bocado na moda dizer mal dela. Uns porque não estão contentes com a vida, outros porque são pagos para dizer mal dela, outros só para irritar, outros porque não suportam uma mulher no poder e, outros ainda, porque são envinagrados por natureza". Ou seja, resumindo os dizeres pertinentes do Sr. Eduardo, quem não está com a Cristina está contra a Cristina, todas as críticas resultam da inveja, da frustração e da provocação. É perfeitamente impensável que uma pessoa que preencha os critérios estabelecidos para a dita normalidade, não seja acérrima fã de Cristina Ferreira. O discurso apocalíptico acerca das mentes frustradas e invejosas que se escondem no anonimato para criticar celebridades inocentes e indefesas começa, a meu ver, a ficar desgastado. Sim, há pessoas tristes e ressabiadas com a vida que se vingam nas redes sociais contudo estas são apenas o reflexo da vivência em sociedade, onde desde sempre houve a tendência para criticar e invejar os bem sucedidos. Mas também não deixa de ser legítimo expor uma crítica desde que seja construtiva ou até irónica. Tal como a pessoa visada tem toda a legitimidade de ignorar ou até bloquear. Agora querer apenas louvores e reduzir os críticos a meros frustrados ou aziados, haja paciência. Não se pode agradar a gregos e a troianos e há que saber lidar com isso. Quem não aguentar, esqueça as redes sociais. Faz-me imensa confusão os famosos que não dão retorno aos seguidores quando são elogiados mas parecem ter um prazer mórbido em dar troco às críticas. 

Antes de terminar, vale a pena abordar a título de exemplo a polémica entre Sofia Ribeiro e Rita Pereira. Na sexta-feira passada, a nossa querida Sofia sujeitou-se a mais uma despistagem para a Covid-19 e publicou o vídeo no Instagram. A Rita Pereira não parece ter gostado e prontamente comentou: " Será que sou eu ou já está toda a gente farta de ver pessoas a fazer stories a levar com a zaragatoa no nariz? Para que é que mostram? Para que é que filmam? É que toda a gente passa à frente". A Sofia Ribeiro não se deixou ficar e retorquiu: " Acho que vai servir a carapuça. A pergunta é: A tua vida não te chega? Acho que a tua vida já tem muito que se lhe diga, o que te parece? Fala dos outros quem tem que se lhe diga. Na dúvida do que fazer é ir arrumar a casa, lavar uma roupinha, dobrar umas meias". Isto tudo para dizer que não são só os pobres e frustrados anónimos, aziados e invejosos, que criticam os ricos e bem sucedidos famosos nas redes sociais. Por vezes, as celebridades também caem na tentação e em vez de passar a frente e deixarem de seguir quem os incomoda, criam polémicas entre pares que apenas alimentam a imprensa côr-de-rosa. A Rita Pereira até tem razão mas a Sofia Ribeiro tem todo o direito de publicar o que bem entender. Por isso, deixem-se de conversas e vão as duas dobrar umas meias. Dava-me jeito uma ajudinha cá em casa.

fonte: www.vip.pt, www.noticiasaominuto.com

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Catarina e o cyberbullying

 


Felizmente não foi preciso esperar muito para trazer a esta Carpete Encarnada a beldade do momento, Catarina Gouveia. A atriz (?) portuguesa fez ontem parte das notícias de toda a imprensa côr-de-rosa com as suas denúncias de cyberbullying. A nossa querida Catarina teve a amabilidade de partilhar com o mundo comentários dos seus seguidores recheados de críticas construtivas do tipo "Porca. Eu tinha vergonha de ser tua mãe ou teu pai. Vai exibir para o teu marido. Humildade? Tu sabes lá o que é humildade. Nunca passaste dificuldades. Devias ter vergonha. Uma mulher casada exibir-se assim. O meu marido até comentou... que fútil és. Só tens corpo para mostrar. Provocadora de homens! Vai mas é trabalhar no duro. És snobe Vives de luxos, dinheiro e sucesso. Só futilidades, que vergonha. Vai trabalhar no duro como fazem os pobres. Queres é ser socilitada". Depois destes registos memoráveis, apraz-me dizer: que seguidores ingratos! Então não é que a nossa querida Catarina, ciente da sua responsabilidade social, brindou-nos com as fotos deslumbrantes da sua lua de mel nas Maldivas, oferecendo caridosamente o sonho a quem se preparava para um novo confinamento. E quando a crise económica se agudizou com o fecho parcial da restauração e do comércio, Santa Catarina teve pena do seu povo e mais uma vez inundou-nos com as imagens da sua nova e luxuosa casa. Estes seguidores mal agradecidos mereciam levar com uma petição contra a liberdade de expressão, ups, desculpem, contra o ciberbullying! Felizmente está cá a Cristina para zelar pelos bons costumes! E Rita Pereira, por favor, pára lá de promover a Petição do Movimento Sobreviver a Pão e Água por uma audiência imediata com o Sr. Primeiro-Ministro ou Sr. Ministro da Economia, não vamos ocupar o parlamento com temas que não interessam.


Pensamentos do dia:
-O respeito não se impõe, conquista-se.
-As pessoas só têm a importância que lhe damos.

( fonte: www.vip.pt )

O messias Fernando Rocha

  ( fonte: www.menshealth.pt) Tal como o Lázaro que regressa do além pelas mãos de Jesus Cristo, a Carpete Encarnada ressuscitou graças ao n...