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domingo, 11 de abril de 2021

As famosas não sabem parir?

 


Hoje a Carpete Encarnada está de volta em versão fofinha ( ou talvez não ). No espaço de 15 dias Cecilia Henriques e Helena Coelho deram à luz duas meninas e as redes sociais derreteram-se perante os primeiros registos das recém-nascidas. Depois dos primeiros momentos de pura felicidade em que o mundo pára para ver os novos rebentos, chega sempre a altura que eu mais anseio, a descrição mais ou menos aprofundada do parto. É então que a porca torce o rabo, salvo seja! No caso da Cecilia Henriques e da Helena Coelho, temos dois relatos completamente antagónicos, duas correntes de pensamento, uma que prevalece no seio das famosas portuguesas e outra minoritária que aos poucos vai, felizmente ( digo eu ), ganhando força.
Na passada quinta-feira, Cecília Henriques esteve à conversa com João Baião e Diana Chaves no programa Casa Feliz. Através de videochamada, a atriz revelou que teve um parto doloroso: " Odiei o parto! Não vou romantizar. O parto é uma coisa horrível. Levei epidural, mas estive 24 horas ou mais a ter contrações e a ver se dilatava. Não dilatava e pronto, cesariana. Gostava que me tivessem dito a verdade, que aquilo é horrível! É ótimo quando ela sai, mas ate lá…". Acrescentou ainda que não voltará a ser mãe: " "Não não não! Está aqui este vídeo para não me esquecer. Há muitas crianças para adotar. Acho que o parto é muito romantizado e há uma pressão gigante para tu adorares o parto, tipo que é mágico ". Ou seja, Cecília Henriques faz parte daquele grupo de famosas que não sabe ou não quer parir. Ter um filho sim senhor agora fazê-lo passar pelo pipi é que nem pensar. Muito menos estar mais do que 12 horas em trabalho de parto que isso é para as pobretanas que têm filhos no SNS ou para as excêntricas que gostam de sofrer. E lá assistimos ao desfile de cesarianas que atacam as pobres celebridades que supostamente sonhavam com um parto natural mas que ao fim de meia dúzia de contrações já não estavam em condições de prosseguir com um parto normal. Numa abordagem oposta da questão, encontramos Helena Coelho. A apresentadora foi mãe este sábado e revelou ao público um pequeno vídeo dos últimos segundos do seu parto: "Este vídeo tem 24 segundos mas resume o trabalho que estive a fazer por mais de 24 horas. Quando achamos que não somos mais capazes, que não suportamos mais dor, que não temos mais resiliência e persistência… passamos por um processo destes e tudo muda. Hoje sei que sou capaz de absolutamente tudo e que virei mãe leoa que protege a sua cria para o que der e vier ". Ora aqui está um relato tranquilo que faz do parto aquilo que deve ser, um acto natural, mais ou menos doloroso mas não um bicho papão previamente formulado nas mentes inquietas de muitas famosas que encaram o nascimento como um contratempo, um mal necessário para chegar a um determinado fim. Por vezes as coisas correm mal, é verdade, a cesariana é em certos casos vital para mãe e bebé mas frequentemente a experiência do parto acaba por refletir a abordagem que a mulher grávida faz a esse momento marcante. Falo à vontade, fui mãe duas vezes, de parto normal ( no Hospital da Póvoa de Varzim tal como a Capicua e a Beatriz Gosta ), o primeiro longo, doloroso e com recurso a ventosa no final, o segundo tranquilo, menos demorado e com a intervenção humana estritamente necessária. Não romantizo o momento mas também não o vou diabolizar. Como em tudo na vida, defendo que nem 8 nem 80. E acima de tudo diria à Cecília Henriques que cada parto é único. É uma experiência incomparável onde deixamos um pouco de nós mas em que aprendemos muito e ganhamos ainda mais. 

O messias Fernando Rocha

  ( fonte: www.menshealth.pt) Tal como o Lázaro que regressa do além pelas mãos de Jesus Cristo, a Carpete Encarnada ressuscitou graças ao n...