domingo, 7 de março de 2021

A Serra

 


A SIC soma e segue no domínio da ficção e depois do sucesso de " Amor, Amor " que substituiu dignamente a líder de audiências " Nazaré ", a nova novela " A Serra " chegou, viu e venceu. Estranhamente ou talvez não, a magia da Serra da Estrela não conseguiu conquistar o seu lugar nesta Carpete Encarnada. Se a Inês Gomes foi bastante convincente com a sua " Terra Brava ", já não posso dizer o mesmo da sua nova criação. O problema de " A Serra " começa logo na escolha do elenco. A SIC apostou forte na vistosa Júlia Palha, antiga estrela da concorrência e ressuscitou Sofia Alves, também ela imagem de marca da Plural, quando a TVI dominava a ficção nacional. E as novidades ficaram por estas duas cabeças de cartaz. O resto do elenco é mais do mesmo, num claro vazio de ideias onde predominou o reconfortante facilitismo. É inacreditável que tenham optado novamente pelo José Mata para o papel de protagonista, num registo praticamente idêntico ao de " Nazaré ". Aliás, o próprio confessou numa entrevista à " Telenovelas " que ponderou o convite para a nova trama da SIC, devido às semelhanças entre o Tomás de " A Serra " e o Duarte de " Nazaré ". Será que a SIC não tem mais ninguém com competências para assumir o papel de protagonista? Não ponho de forma nenhuma em questão o valor do José Mata, muito pelo contrário, acho que merecia um papel diferente e mais desafiante que lhe permitisse demonstrar outra faceta para além do menino bonito, preso num triângulo amoroso. Mas infelizmente o facilitismo não ficou por aqui. Ninguém achou anormal que a Manuela Couto voltasse a assumir o papel de mãe do Tiago Teotónio Pereira, tal e qual como em " Nazaré ", embora num registo mais leve e cómico. Do resto do elenco pouco mais há a dizer, sempre as mesmas caras, nos mesmos registos, com meia dúzia de novidades. Destaque para João Mota que me impressionou pela positiva, embora num papel secundário. Nunca o tinha visto a representar mas penso que tem tido um desempenho notável. Quem também me surpreendeu foi Ângelo Rodrigues. Fez uma aparição fugaz mas, quanto a mim, finalmente convincente. Essa breve participação do Ângelo é justificada e bem pelo próprio que explicou em entrevista à MAGG: "Quero continuar a desbravar o mundo e estudar sobre cinema documental. Agora, não tenho muita vontade de fazer novelas. Quero parar um pouco". Numa clara prova de maturidade o mesmo acrescentou que  "Foi libertador começar a selecionar os projetos em que trabalhava, de modo a contrariar uma busca cega profissional de colecionar trabalho atrás de trabalho". Pena que nem todos os seus colegas queiram ou possam seguir-lhe o exemplo. 
Se o elenco de " A Serra " é mais do mesmo, isso também se aplica à trama. A Fátima encarnada por Júlia Palha não passa de uma reedição da Nazaré, uma mulher forte, decidida e independente, disposta a tudo pela família. Mais uma vez a rapariga humilde envolve-se com o menino bonito, de boa família claro. Não podia faltar o tradicional triângulo amoroso em que duas mulheres, arqui-inimigas, chegam a vias de facto por culpa do amado. A história não ficaria completa sem uma vilã, extremamente má, que vive um casamento de fachada porque o marido acaba por envolver-se com uma mulher mais nova. De notar que na maior parte das novelas os ricos são quase sempre mauzinhos e/ou infelizes. 
Concluindo, " A Serra " é uma novela em modo serviços mínimos que não traz nada de novo para além das maravilhosas paisagens da Serra da Estrela.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Filha da mãe

 


Tempos houve no reino da TVI em que a ascensão no mundo da representação se fazia por via dos "Morangos com Açúcar". Jovens com caras larocas e corpos moldados, com mais ou menos talento, procuravam uma rampa de lançamento para a fama na icónica série juvenil. Alguns alcançaram o tão almejado sonho e são hoje actores consagrados no panorama televisivo português. Tudo mudou quando D.Cristina subiu ao trono em Queluz de Baixo. A nova rainha fez questão de se rodear de uma corte de fiéis vassalos e não tardou em livrar-se de possíveis conspiradores. Antigas personalidades sonantes do reino como Leonor Poeiras e Fátima Lopes foram prontamente desterradas para evitar possíveis insurreições contra as políticas da nova rainha. Desde então a ascensão passou a fazer-se através de D.Cristina, carinhas larocas e castings passaram à história. Os fiéis vassalos da rainha poderosa da TVI ganharam prioridade sobre o resto dos comuns mortais vendo assim recompensada a sua eterna fidelidade. Depois do queridinho mas pouco competente Ruben Rua, omnipresente na programação de fim de semana do canal, chegou a vez de D.Cristina promover a filha de Maria Cerqueira Gomes, mais uma das notáveis devotas da rainha. Com apenas 18 anos, e empurrada pela sua mui nobre ascendência, a jovem Francisca terá deslumbrado a toda poderosa Cristina num oportuno casting que lhe abriu as portas da próxima novela da TVI protagonizada por Pedro Teixeira, mais um vassalo de D.Cristina. Fora do reino ficam jovens anónimos e potencialmente talentosos a quem falta o mais importante: cunhas e 55 mil seguidores.
 Uma referência a David Carreira, em tempos figura de destaque do reino, que num acto subversivo de retaliação desafiou a rainha e entregou o documentário sobre a sua vida ao reino concorrente da SIC. D.Cristina perdeu assim o apoio da influente família Carreira, o futuro dirá se foi apenas um percalço ou se os podres do seu reinado estarão aos poucos a comprometer a sua liderança. Em breve saberemos se o compadrio e a estreia do programa "All together now" chegarão para salvar a cabeça de Cristina Ferreira.

(fonte: www.flash.pt, www.vip.pt)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Joana vs Marco

 


Hoje a Carpete Encarnada estende-se para receber um duelo improvável, Joana Amaral Dias versus Marco Costa. Estes últimos dias, para além das vestimentas reduzidas que notabilizaram a ex-bloquista, muito se falou na imprensa côr-de-rosa das polémicas férias da exuberante psicóloga. A Joaninha pulou a cerca do confinamento e voou voou até à ilha da Madeira. Indiferente às restrições, Joana Amaral Dias não se coibiu de exibir os seus trajes menores em cenários idílicos. Os comentários reprovatórios chegaram em catadupa como seria expectável mas a psicóloga, com pouca psicologia, insurgiu-se vivamente contra as críticas. A mesma afirmou "Desde março de 2020 que tornei pública a minha posição sobre a gestão da covid – nomeadamente a minha discordância quanto ao confinamento - que mantenho. Ainda assim, desde então, mesmo discordando, tenho cumprido todas as leis e normas. Não sou é daquelas figuras públicas que passa o tempo a dizer 'Fique em Casa' e depois anda em festas e quejandos. Teatrinhos, não obrigada. Nojo". E acrescentou ainda " Agora vamos ao que interessa, que as minhas férias não têm qualquer relevância. Lamentável é a quantidade de bufaria que por aí anda. Entre invejosos e chibos, entre ressabiados e delatores, está à vista mais uma das consequências de vivermos atualmente num Estado Policial – um tecido social cada vez mais esboroado (não, não vamos sair disto mais unidos); o sadismo, a vingança e o vexame com selo de garantia; a recompensa da pequena pulhice e velhacaria. O regime anticonstitucional que viola os mais elementares direitos e garantias dos cidadãos pare e é parido por gentalha desta roda que, como vampiros, se alimenta do medo e da desconfiança. Entretanto, os suposto antifascistas estão entretidos a chamar fascistas a quem luta pela liberdade". Política uma vez, política sempre, muita parra e pouca uva. Essa teoria da bufaria alimentada por supostos invejosos, ressabiados e delatores é choradinho de cidadãos de primeira, obrigados a justificar um estatuto diferenciado. E sim, neste contexto a questão das férias da Joana Amaral Dias tem relevância. Enquanto cidadãos de segunda vão sendo anestesiados pelo desgastado slogan "fiquem em casa", em prol de um bem colectivo, outros como a Dona Joana, detentora convicta da verdade absoluta, continuam a viajar, não se inibindo de ostentar o seu estilo de vida, numa clara falta de sensibilidade em relação a todos aqueles que tanto perderam nesta pandemia. Que sirvam de exemplo os actos e as palavras de Marco Costa que, no programa da Sic "Casa Feliz", falou da sua iniciativa solidária de apoio às famílias carenciadas e confessou “Não gosto muito de falar sobre isso. Só torno público no sentido de chegar a mais pessoas. Há figuras públicas que não vão gostar e se não gostarem paciência, embrulhem, mas se temos uma responsabilidade ao sermos conhecidos é influenciar as pessoas a praticar o bem”. Para bom entendedor meia palavra basta. Joaninha faz-nos um favor, vai comprar trapinhos que sejam do teu tamanho e manifesta-te apenas quando tiveres algo para dizer que faça avançar o mundo. 

Fonte: www.flash.pt, www.maria.pt

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Chega Maria Vieira!

 


Confesso que nos últimos anos concebi uma imagem quase mitológica da Maria Vieira. Para mim, a talentosa atriz que durante anos nos encantou e nos fez rir tinha-se transformado num ser etéreo, refugiado na invisibilidade do Facebook. Admirava a coragem de ter abandonado a imagem luminosa e empática que tinha junto do público para assumir o seu suposto verdadeiro eu, obscuro, crítico, conservador e inconformado. Abdicara de uma carreira e de amigos de longa data para poder dizer ao mundo aquilo que pensava. Até aqui tudo bem, felizmente ( ainda ) estamos num pais livre e democrático, com liberdade de expressão. Depois nasceu o Chega e a Maria Vieira, fiel seguidora desde o primeiro momento, encontrou o palco ideal para a sua cruzada anti-sistema. Foi quando a vi vibrando com as palavras do seu líder André Ventura, nos comícios do partido, que me apercebi que afinal a Maria Vieira continuava a ser bem real. Tal como o seu discurso. Cada vez mais ácido e carregado de ódio. Sirigaitas, lambisgóias, inúteis são apenas alguns dos termos que a atriz foi distribuindo amavelmente por todos os famosos que ousaram exprimir livremente uma opinião antagónica às suas crenças. Os ataques foram baixando de nível nas últimas semanas, até baterem finalmente no fundo com a última polémica envolvendo o apresentador da RTP José Carlos Malato. Este último afirmou, no rescaldo das eleições presidenciais "O Alentejo é uma vergonha. Gente sem memória. Sou lisboeta a partir de hoje". Afirmação infeliz é certo pois o meio milhão de votos no Chega não vieram todos do Alentejo e nem todos os alentejanos que foram votar escolheram o partido de extrema-direira. Contudo, nada justifica os lamentáveis insultos homofóbicos que se propagaram entre os mais de mil comentários à publicação de Maria Vieira e que a própria ( ou alguém próximo ) foi alimentando. Já não estamos a falar da pobre senhora ostracizada por ter ideiais de direita e ser conservadora, como a própria afirmou. Falamos de alguém mal resolvido que se afundou numa espiral de amargura, ódio e intolerância. Críticas construtivas sim, conversa execrável de tasco não merece tempo de antena.

fonte: https://sobre-tudo-2016.blogspot.com

domingo, 17 de janeiro de 2021

Ruben o injustiçado

 


Senhoras e senhores, transeuntes desta Carpete Encarnada, é oficial, o nosso querido Ruben Rua está chateado! Sim, chateado, cansado, sente-se injustiçado. Alguns irão questionar-se, será que este tipo é algum profissional do SNS, revoltado com a situação que o país atravessa? Claro que não! O Ruben Rua é bem mais importante, é, nas suas próprias palavras, alguém com um "ímpar trajecto no mundo da moda", um licenciado em comunicação e um aspirante a apresentador apadrinhado pela alegada namorada Cristina Ferreira. E de que se queixa ele? Já não aguenta o ódio destilado por vários seguidores mas há poucos dias não hesitou em ostentar orgulhosamente, nas redes sociais, o seu novo veículo topo de gama, esquecendo que muitos portugueses se encontram com os rendimentos fortemente diminuídos pelo novo confinamento. Está cansado de ser visto como um homem objecto que subiu na vertical mas notabilizou-se pela sensual "dança do barco" e não se cansa de se exibir frequentemente em trajes menores. Exige respeito por uma carreira que já leva 5 anos onde abundam alguns marcos da televisão portuguesa como o First Dates apresentado pela Fátima Lopes, programa no qual o nosso Ruben desempenhava o papel de barman. Quem não ficou muito sensibilizado com a façanha foi Nuno Santos que se preparava para dispensar os serviços do pobre Ruben, valeu-lhe o regresso da Cristina à TVI.
Conclusão, nem no timing para fazer desabafos o Ruben Rua acerta. No contexto atual de confinamento e colapso eminente do SNS, a sua publicação soa a queixinhas de um menino mimado e desfasado da realidade, mais uma vez amparado pela "mamã ganso". Como já foi dito aqui, o respeito não se pedincha, conquista-se e os haters bloqueiam-se ou ignoram-se. O resto é muito trabalho e poucas lamúrias, estas infelizmente ficam para os profissionais de saúde e para quem perdeu o seu ganha-pão.

( fonte: www.novagente.pt)

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

A Máscara vs Big Brother-Duplo Impacto


Início de uma nova semana, tempo de fazer contas às audiências após mais um duelo entre os grandes rivais SIC/TVI. Á boleia do Jornal da Noite e de Ricardo Araújo Pereira a SIC foi a vencedora do dia mas no serão o Big Brother - Duplo Impacto derrotou A Máscara...infelizmente. E digo infelizmente porque o programa da SIC merecia o primeiro lugar. Sem ser o melhor programa da história da televisão, tem o mérito de ser um programa familiar, conceito aparentemente em vias de extinção para os lados da TVI. Os miúdos são atraídos pelo excelente trabalho feito em cada personagem mascarada, os graúdos deixam-se tomar pelo bichinho da investigação e no final todos querem matar a curiosidade. Pena é que a SIC se tenha agarrado ao programa tipo bóia de salvamento para fazer frente à enésima edição do Big Brother. Esticou até de madrugada um programa familiar, dividiu-o em segmentos e acabou por torná-lo exaustivo. As televisões sacrificam a qualidade em prol das audiências e os espectadores são os principais prejudicados. Ainda assim, continuo sem entender o sucesso do reality-show da TVI. O que era inovador há 20 anos, está agora gasto e mais do que espremido e esgotado. É uma TVI sem ideias e repetitiva em modo serviços mínimos. Quem estende esta Carpete Encarnada confessa a sua ignorância e admite nunca ter posto a vista em cima desta ou qualquer outra edição do Big Brother. Por esse motivo, os seguidores assíduos desse programa merecem toda a minha admiração pela sua capacidade estóica para assistir ao quotidiano de concorrentes desinteressantes, sem nenhum talento particular a não ser o domínio da arte de armar peixeirada e polémicas a mando da própria produção. Quero acreditar que também eu serei um dia capaz de pôr o meu cérebro em standby para assistir passivamente a esta decadência televisiva.

( fonte: www.zapping-tv.pt )
 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

O regresso da Catarina

 


Alguns famosos são para mim aves raras que não deixam de me intrigar profundamente. Por um lado lamentam-se que são criticados constantemente nas redes sociais contudo não resistem e volta e meia " põem-se a jeito". Por isso trazemos novamente a esta Carpete Encarnada a nossa querida Catarina Gouveia que tão bem alimenta a imprensa côr-de-rosa. Como o trabalho em televisão não abunda, a Catarina decidiu continuar a sua volta ao mundo, escolhendo desta vez o Brasil. Generosa como sempre, a atriz partilhou mais umas fotos das suas enésimas férias com a legenda "Sorria, está na Bahia". Motivos para sorrir não têm grande parte dos portugueses, confinados às fronteiras dos seus concelhos mas para a Catarina, limites e limitações deixaram há muito de fazer parte do seu mundo. Quem já esgotou a paciência foram os seus estóicos seguidores que desta vez retaliaram. "Gostava de saber o truque para se ganhar dinheiro, sem trabalhar... e da responsabilidade que existe em sair do país numa época de pandemia... e logo para um dos países mais afetados por este flagelo! E não é inveja...", "Tantas viagens... já cansa" foram algumas das críticas feitas à atriz que fez questão de responder: "Também gostava de saber o mesmo: como ganhar dinheiro sem trabalhar. Se, entretanto, descobrir, partilhe, por favor." "Não invista as suas palavras e ações naquilo que o cansa, invista naquilo que o inspira e faz sorrir! É muito melhor!". Se a Catarina tivesse tanto talento a representar como tem a responder às críticas, não tinha ficado arredada dos elencos das duas novas novelas da SIC. Um conselho para os seguidores saturados, partam para outra, deixem de seguir quem compreensivelmente vos irrita, não percam tempo a destilar ódios e invejas nas redes sociais. Quanto à Catarina, se lhe apraz dar a volta ao mundo e borrifar-se para a pandemia e para as suas consequências sociais, está no seu direito. Onde vai buscar os rendimentos só a ela diz respeito. Agora, por favor, guarde os seus lindos registos de sonhos para si e para os próximos e respeite quem está a passar por dificuldades. Siga os exemplos da Catarina Furtado e da Cláudia Vieira que decidiram passar o seu tempo livre em Portugal, procurando promover e dar uma ajuda a um turismo nacional fortemente abalado pela pandemia. Ser um celebridade não é só ostentação e glamour, é assumir a responsabilidade inerente à sua posição e ser, sempre que possível, um exemplo para o seu público.  

( fonte: www.flash.pt, www.selfie.iol.pt)

O messias Fernando Rocha

  ( fonte: www.menshealth.pt) Tal como o Lázaro que regressa do além pelas mãos de Jesus Cristo, a Carpete Encarnada ressuscitou graças ao n...